terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pra sempre

em um violão timbrado a baixo custo
apego minhas memórias
palavras que não entendo
e um sentimento que me envolve

sinto-me desprendendo e gritando
caminhando em um navio que insiste em naufragar
carregando meus fardos nas costas

me apoio a proa
e junto com meu coração
arremesso os meus problemas

pra sempre enterrados
pra sempre perdidos
nunca amado
pra sempre teu

domingo, 18 de dezembro de 2011

tudo de nós dois

e quando não mais no peito cabe
quando não há
quando não fui
até quando

viverei do pouco
pouco que nem tive
e não terei

acorda-te
e levanta para esta noite
que a muito já me enterrou
em um fosso profundo como minha dor

perdão ao amor
nunca consegui entende-lo
e nunca tive a quem a amar