sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Por um segundo

Em um sábado qualquer
dançando entre os ratos
derramarei a última lágrima
e beberei

beberei todo teu sofrimento
e cada gota descerá como o lacerar
do meu coração
aflito , fixo e por alguns segundos mais
pulsante

ardendo como a ultima aguardente
esquecida pelo diabo em uma velha prateleira
onde já bebeu Machado , Mario e o novo amigo Gabriel

me sento no chão
e o frio do aço lentamente me desperta
aço ? barras de aço ? enjaulado ?
preso em teu coração

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